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A sociedade, moderna, tem o dever de valorizar da Mulher



Mais um Dia Internacional dedicado à Mulher, como de resto acontece todos os anos. A homenagem faz todo o sentido, sem qualquer dúvida, porque sem a Mulher, provavelmente, a sociedade seria muito diferente, mais pobre, menos sensível e muito pouco, ou mesmo nada, equilibrada, considerando que, quase sempre, a violência física e bélica, partem do homem.
A Mulher é essa pessoa maravilhosa que a Natureza/Deus colocou no mundo, para acompanhar o homem e ser seguida por ele, em todas as suas iniciativas e dimensões, sendo certo que são estes dois seres que movimentam o mundo, e, hoje, pode-se afirmar que: “Ao lado de um grande homem deve estar sempre uma grande Mulher e vice-versa”.
A história da Mulher no que respeita à luta pelos seus deveres, direitos e dignidade é longa, remonta a milénios de anos. Ela, a Mulher, até há bem pouco tempo, talvez menos de dois séculos, limitava-se a obedecer, incondicional e cegamente ao homem, fosse o pai, o marido ou até um irmão mais velho. O seu papel não seria muito superior ao de uma escrava.
Ainda hoje verificamos que, em muitas sociedades e culturas, a Mulher continua a ser um “objeto” de satisfações de outras “pessoas”, nomeadamente, sexual, por parte de alguns maridos e/ou indivíduos “tarados”, assumindo, ainda, impositivamente, a procriação e aumento da família, designadamente nos países onde a lei assim o determina, também entre diversas tribos indígenas, ou, então, ser privada de ter filhos, porque o marido não o deseja. Há de tudo um pouco por esse mundo fora, quase sempre com o sofrimento da Mulher.
Ao longo dos séculos, foi ignorada, maltratada, vilipendiada, abusada, humilhada, ostracizada, inclusive, apedrejada, em certas culturas que mais se aproximam da selvajaria. Igualmente desvalorizada quanto às suas capacidades intelectuais, inteligência, relativamente aos seus dotes criativos e competências diversas que, realmente, sempre possuiu, mas que o homem se opunha a que se revelassem e desenvolvessem ainda mais.
Felizmente, os tempos, as mentalidades e as circunstâncias têm vindo a mudar em favor desta deliciosa criatura que é a Mulher, também, e em grande parte, devido aos seus méritos próprios, na persistência em obter tudo o que por direito lhe é devido, porque na verdade: “Todos somos livres e iguais, em deveres e direitos.”.
Neste dia de homenagem, justa e merecida, à Mulher, importa reafirmar a sua cada vez maior influência nos destinos do mundo, desde logo a começar no seu papel de mãe, que é de imenso relevo, cuja responsabilidade em educar e preparar os filhos, para estes, quando chegar o tempo, estarem preparados e contribuírem para um mundo cada vez melhor.
Numa outra dimensão, a Mulher: enquanto esposa, companheira, amiga do homem que, nem sempre, tem uma sensibilidade tão apurada quanto a Mulher, para enfrentar e resolver certas situações, ela, na sua vertente moderadora, apaziguadora e tranquilizante, quantas vezes alcança excelentes resultados em diversos e, aparentemente, irresolúveis conflitos?
Na vida profissional, a mulher tem vindo a ganhar imensas competências, verificando-se que a sua ascensão a posições de grande relevo, nas diversas hierarquias: públicas e privadas é uma constante, bem como na diversificação das muitas, dir-se-ia, quase todas, as atividades em que se envolve, na maioria dos casos, com sucessos evidentes e indiscutíveis.
Hoje, primeiro quarto do século XXI, a Mulher desempenha, na sociedade, dita moderna, os mais proeminentes serviços, porque dotada de grande inteligência, profunda sensibilidade para as questões sociais e humanas, bem como uma intuição muito apurada, por vezes direcionada para o pressentimento bom, ou mau, ela consegue, com estas faculdades inatas e/ou adquiridas, resolver situações extremamente complexas, pelo diálogo, pelo sentimento, pela sua predisposição para o bem e para o perdão.
Neste dia mundial dedicado à Mulher, cumpre à sociedade, alegadamente moderna, valorizar o seu contributo, enquanto promotora de ideais nobres, dos quais se destaca a sublime missão da maternidade, e as consequências que dela resultam para o mundo que se deseja muito melhor para: mães, pais e filhos, na medida em que cabe à família, em primeira instância, na circunstância e, por maioria de razões, à mãe, cuidar, preparar e acompanhar os filhos, obviamente, tendo a seu lado o marido que, de igual forma, tem idênticos deveres para com os filhos.
Naturalmente que o ideal, sempre que ele seja possível, seria que a mãe e o pai tivessem todas, ou pelo menos as melhores condições para se manterem unidos: na saúde, no amor, no trabalho, na alegria e na tristeza, que comungassem objetivos idênticos, para assim educarem e prepararem para a vida os seus descendentes, biológicos ou adotivos.
Quando se pretende enaltecer o papel da Mulher na sua componente matrimonial, é suposto exigir-se ao seu parceiro que tenha por ela semelhantes sentimentos, atitudes e comportamentos, tal como ela manifesta para com o marido, porque só assim é possível caminhar para a felicidade, obviamente, respeitando princípios, valores, crenças e ideais de cada um, desde que não colidam com a harmonia e amor que devem existir entre eles, e também para com os filhos, quando os há, de contrário há que chegar a consensos para a melhor harmonia.
Convém esclarecer que tanto a Mulher, quanto o homem, não podem, em circunstância alguma, serem dominados um pelo outro, objetos de satisfação de caprichos, motivos de discriminações negativas, porque o respeito, a probidade, a dignidade e os sentimentos devem ser recíprocos, verdadeiros, sem ambiguidades nem oportunismos. A transparência e a confiança são essenciais no matrimónio.


Venade/Caminha – Portugal, 2021
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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