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MENDIGA



Às vezes perco-me em mim, como uma mendiga... Que não consegue chegar a um fim... Dou voltas e voltas, direitas e tortas... Atravesso avenidas repletas de gente... Coerente ou incoerente... Ninguém me vê, nem conhece... Distraída em pensamentos mil, bebo água do chafariz do Marquês do Pombal, como uma pomba, bico-a e me refresco. Nas minhas ideias de ser honesta! Numa simples ovação, sinto as batidas do meu coração. Sem horas para nada, sem comer... Disperso-me em aventuras... Mendiga de farturas... Contudo a pagar algumas faturas... Mas quem não as paga! Porém, em espirito sou mui rica, riquíssima... Revigorando-me dia após dia... Posso até me alimentar só com uma sopa... Todavia o pão do amor está sempre presente a toda a hora. Posso até ser mendiga... Com ou sem fadiga... O mais importante é que me mantenha dura como uma viga. Ah e ainda doo afetos, carinhos quentinhos, sorrisos conectos. Dou-me por inteiro aos sonhos. E na amizade desfruto de excelentes momentos... Sábios unguentos. Por isso mendiga não sou, nem que alguém me diga... Procuro ser é amiga e boa rapariga. "A maior mendicidade é de quem não sabe amar e nem amor ao próximo quer contagiar".
Mónica Mesquita
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