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NUNCA É TARDE



Para que o sol volte a brilhar.
Sempre há um novo opúsculo a pairar no horizonte Por mais que pareça longínquo Até num dia chuvoso, pode existir um crepúsculo formoso Vermelho sangue Céu rosado no encontro da infinitude do mar Onde o barco, por mais que se sinta à deriva... Solitário... Até preenchido de alguma ferida... Renasce ao contemplar tal beleza da natureza Por muito que surjam pedras de tropeço... Há sempre um recomeço Areias movediças que o coração expele... Pelo perdão que impera na alma Fere, desfere ... Barco rema, sem remos... Pelas turbulentas águas prolifera ... Contudo se esmera Rema, rema, cansa, descansa... Águas serenam oportunamente Segue em frente Por um sol que volta a brilhar Paixão e amor que o coração volta a pulsar, A vibrar em raios de luz Ofuscando a escuridão Corpo quase a bater no fundo do chão aquoso, Atolado... profundo... Eis que volta a força da vida Rodopia, sábia guarida Corpo estremece, Acorda, desperta ... Volta a aquecer Presença feliz Presente, presente Firmeza, iluminada raiz Nunca é tarde para fazer diferente Estar, sem ser ausente Barco retoma o seu curso Sorridente e ávido impulso Amar viver É sentir o céu a abrir e o espírito a rejuvenescer Deixar fluir ... Emoções ao rubro Sensibilidade em se conhecer e reconhecer O mais importante é saber viver Remar mesmo contra a maré Firme, a acreditar na fé de se estar vivo e de pé.
Mónica Mesquita
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